Pensei uma coisa aqui...

(Imagem retirada da internet)  Antes de qualquer coisa meus sentimentos e condolências as famílias. Força neste momento tão ruim. Não sou capaz de imaginar sua dor.  Que a justiça seja feita e que recebam todo o suporte neste momento.   Até pensei em gravar algo sobre, mas ainda estou pensando sobre. Esses tiroteios em escola... Me recordo de quando era criança e adolescente. Muitas vezes senti vontade de ser violento quando sofria alguma violência, rejeição ou agressão de meus colegas (bullying).  Apelidos, lixo jogado, rejeição da menina que eu gostava. Eu simplesmente não entendia o motivo de tais coisas e o sentimento de injustiça que me corroía a alma. Nunca cheguei perto de ser violento com alguém. Junto com a perplexidade vem a necessidade de entender o que leva esses adolescentes a fazerem isso. Entender o como algo acontece quase sempre ajuda a entender a si mesmo. Minha experiencia pessoal não é suficiente para me dar um norte, mas então vou expor o que estudei sobre para aju

Ah, só quer atenção! É um fraco!  Suicídio é a morte dos fracos.  Não tem competência nem pra se matar!  O preconceito é um dos principais problemas para pessoa com ideação suicida. A pessoa avisa, se machuca, tenta e o que pode mais receber é o abandono e desprezo do outro. O suicida muitas vezes se vê só. Seja por doença mental ou por não ver mais sentido na vida ou os dois ou mais coisas ainda. Matar-se é um ato de desespero diante das possibilidades de vida. É não ver mais possibilidades de conviver com si mesmo e com suas incapacidades. Matar-se pode ser a chance da pessoa acabar com o próprio sofrimento, pois ele é visto como grande demais para se poder lidar, libertar-se de algum mal, confirmar quem se é. Para a pessoa preconceituosa pode soar estranho cada uma dessas sentenças, pois diante do abandono, diante da falta total de significado, ela conseguiu achar outro ou se prendeu em alguma forma de neurose. Porém, ela e a pessoa suicida há algo em comum: ambos já pas

Não aguento mais,  Lá irá ser melhor, Ninguém sentirá minha falta,  Viver não faz mais mínimo sentido Adeus, mundo.   Adeus, amor.  Adeus, pai. Adeus, mãe  Nos veremos em breve.  Fiquem com Deus.  A morte é inescapável. Condição total de qualquer ser vivente.  Seu sentimento de emergência pode trazer sentido da vida. O absurdo de sua condição espanta, assusta. Mas, quando ela é um desejo?   Quando é vista como única saída possível? O que fazer?  O suicídio é um tema que está no subsolo dos tabus sociais. Algo que não é falado e por isso mistificado. O Brasil é oitavo colocado no mundo em taxas de suicídio. Segundo estimativas a cada quarenta segundos alguém tira a própria vida e a morte em jovens já são maiores do que as causadas pelo HIV. E pouco se vê em termos de conversas e debates a respeito deste tema. No existencialismo é possível algumas considerações a respeito da morte. A morte pode ser vista como o cancelamento total das outras possibilidades

Porque homem que é homem... Porque mulher minha... Tenha atitude de homem... Você vai ser só minha e mais ninguém... Porque quem manda aqui sou eu... O ser humano sempre busca satisfazer suas necessidades. Essas necessidades podem ser satisfeitas com as opções existentes em seu campo. Sejam elas orgânicas, sociais e pessoais. Em um dado momento da vida de muitos surge a necessidade de unir-se a alguém para satisfação sexual e emocional. Neste momento começamos iniciamos todos os tons de relacionamentos que a cultura coloca: Ficar, namorar, noivar, casar, juntar, se enrolar e etc etc etc. Geralmente é assim: Uma pessoa conhece a outra. Se enlaçam por algum motivo: gostos parecidos ou aparência física, por exemplo. Depois de alguns encontros decidem namorar e um participa cada vez mais da vida do outro. Um busca agradar o outro. Há cumplicidade crescente e dependendo de como for o casal pode permanecer o tempo necessário juntos até um noivado e  casamento ou simplesmente

Tudo em tons de cinza, Frio ou quente, Açúcar ou adoçante, Rápido ou lento, Ficar ou ir, Olhar ou não olhar Não faz diferença   A seis horas estou na mesma posição... Acho que infartei... Ainda não tomei banho... Agora que notei que estou com fome... Só sorrio quando bebo... Tanto faz Vivo ou morto Não sou bom Não sou capaz  Não faço a minima diferença. Goya. O colosso.  Eis aquilo que pode ser chamado de depressão. "O oposto da depressão não é a felicidade, e sim vitalidade"(Andrew Solomon). O embotamento afetivo e sensorial que transforma a pessoa. Ela não  sai de casa. Tudo perde a cor. O Sabor. A voz dos outros doem aos ouvidos. É perda total do animo. Após vem a culpa. Após vem a vontade de seguir em frente. De tentar. Mas, não dá certo. Fica-se em casa. Perde-se amigos. Perde-se trabalho. Se entra em um ciclo vicioso que parece eterno.  As causas da depressão ainda são discutidas e há pouca concordância do por

Paisagem, de Astafyev. Andei pela calsada da orla Ouvi o barulho de ondas quebrando Vi a cor do céu refletida e a espuma branca Fui embora sem escutar e observar Não senti mar Andei pela areia Escutei o som Observei o movimento das ondas Coloquei os pé na beirada Deixei meus calcanhares e meus joelhos se molharem  Mergulho, Catarina Machado Me satisfiz. Fiquei para areia. Andei pela beirada Escutei o quebrar das ondas perto A água respingou no meu rosto quando fui observar Entrei até a água ficar na cintura Mergulhei e fiquei submerso o tempo que pude Boiei e nadei até cansar. Parte de mim voltou A outra ficou lá " Mar negro ", Ivan Aïvazovski.